

Desperto!
Permaneço desacordado a todo o instante.
Vida escura, horas negras, dias cinzentos,
uma chuva inquieta que não pára de cair,
momentos inesquecivelmente sombrios
que me transportam para cada vez mais longe do auge.
Uma ferida permanente
que sangra em uníssono
com lágrimas caídas do meu rosto.
MÃE!
A palavra que agora me ensurdece,
mais que um grito,
palavra que sussurro a todo o momento no meu peito
implorando de novo tua presença
nesta minha vida agora tão vazia.
Posso suportar,
embora não sem dor
o facto de partires de uma forma tão presente,
pois sei que a cada dia que passa,
estás mais enraizada no meu coração
que flutua num mar de esperanças!
(Bruno Cardona)